20 de abril de 2011

Estou sozinha em casa e tenho comprimidos suficientes para me matar duas vezes. O que me prende aqui? Tenho vergonha. Vergonha que as pessoas saibam como me sinto infeliz.

Estou a chorar desde que desliguei o telefone ontem e só parei para dormir.

Amo-te tanto, tanto, tanto. Nem sei se isto ainda é amor, amor é suposto ser bom e eu só sinto dor.

Depois de tudo continuo a pensar que talvez um dia percebas o quanto te amo e que é comigo que tens de ficar.

Porque é que não me mataste?

J

Parece que continuo cheia de raiva, segundo o teu ponto de vista. Na verdade, a única coisa que sinto é uma grande infelicidade. Mesmo grande. Mesmo, mesmo grande. (You get the picture)

É claro que não esperava que compreendesses que as infidelidades magoam e que com ou sem elas me disseste que nunca mais querias nada comigo e ficaste 2 meses sem dizer nada. São coisas que magoam.

O que não consegues entender é que eu não percebo o porquê de ainda te amar.
Não consegues entender que apesar de terem passado quase 3 meses é como se não tivesse passado tempo nenhum porque te amo como no ultimo dia em que nos vimos.
Não consegues entender que a minha vida é cinzenta porque tu levaste toda a cor e agora vai ser assim para sempre.
Não consegues entender que eu pensava, mesmo, verdadeiramente que eras a mulher da minha vida mas afinal eu não era, claramente, a mulher da tua.
Não consegues entender a quantidade de sonhos que eu tinha e que foram destruidos e agora só me imagino e comer sozinha, a dormir sozinha, a ver filmes sozinha. Porque era suposto apareceres ao meu lado em todos eles e foste tu que me ajudaste a construi-los.
Não consegues entender que eu era capaz de engolir lâminas ou de descascar as pálpebras só para te ter comigo, feliz.
Não consegues entender que todas as noites, quando apago a luz e fecho os olhos tenho de os voltar a abrir porque não paro de pensar no teu corpo.
Não consegues entender que eu já tinha várias surpresas planeadas e que foste extremamente critica quanto a uma delas, e nem sequer quiseste ficar para ver as outras surpresas que tinha planeado.
Não consegues entender que, nos últimos meses, choro de manhã à noite porque sem ti nada vale a pena.
Não consegues entender que as pessoas me dizem que sou gira, hei-de arranjar outra e eu respondo que não quero outra. Eu não acredito que algum dia consiga esquecer-te, como é que posso acreditar em encontrar outra. Não posso, sequer encontrar outra porque isso iria pressupor que tu serias uma. Não és uma, nunca foste uma, sempre foste a única.
Não consegues entender que sumiste da minha vida e eu ainda não tinha conseguido decorar todas as covinhas que fazes quando sorris, a voz com que falas do teu sobrinho, os saltinhos que fazes quando estás feliz, a textura do teu cabelo e da tua pele, os vários sorrisos que tens, a forma e a cor dos teus olhos, a forma como mexias a boca e a lingua quando fumavas.
Não consegues entender que eu decidi que te ia esquecer e está tudo na mesma.
Não consegues entender que disseste que não havia mais nada para tentar, shit happens, como se o único amor da minha vida se pudesse deitar, assim, ao lixo.
Não consegues entender que me prometeste que iamos casar e iamos viver juntas e nada disso que vai concretizar. COMO TIVESTE CORAGEM DE ME ENGANAR DESTA MANEIRA?
Não consegues entender que nunca nada na minha vida doeu tanto.
Não consegues entender que gosto de ti como se o tempo não passasse e como se não houvesse mais ninguém no mundo.
Não consegues entender que viver o resto da vida sem ti não presta e preferia que me tivesses morto no dia em que deixaste de me amar.

É disto que tenho raiva, é isto que me tira a vontade de viver. Tudo o que escrevi em cima.
Abandonaste-me, traíste-me, disseste de forma leviana que não havia nada a tentar. E eu fiquei sozinha, sem nada porque tu eras tudo para mim e agora não tenho razão nenhuma para me levantar, não tenho razão nenhuma para viver. Porque disse que te ia esquecer nem que fosse a ultima coisa que fizesse mas não te consigo esquecer e não consigo viver com as saudades.

Dear God, please kill me today.

P.S.- É curioso que apesar da gritaria e apesar das lágrimas, mesmo assim fiquei mesmo muito feliz por ter ouvido a tua voz.

18 de abril de 2011

You're gone and you're never, never, never coming back.
I wish you've killed me the day you stopped loving me. (Did you love me at all or was it just make believe?)